quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

A verdade sobre Maria Madalena

 O que os evangelhos apócrifos dizem sobre a suposta mulher de Cristo

 A história, contada em romances populares ou filmes campeões de bilheteria, já é familiar para muita gente. Numa das conspirações mais bem-sucedidas da história, a Igreja Católica teria conseguido ocultar a verdade sobre a vida amorosa de Jesus Cristo. Como qualquer bom judeu de sua época, o Nazareno teria sido casado, e a esposa dele seria ninguém menos do que Maria Madalena, sua discípula mais famosa. Ele foi crucificado quando Madalena estava grávida. Mas a mulher de Jesus conseguiu escapar para o sul da França, onde deu à luz uma menina. O verdadeiro Santo Graal não seria um cálice no qual foi recolhido o precioso sangue de Cristo, como dizem as lendas do rei Arthur, mas sim o corpo de Madalena. E os descendentes do casal virariam uma linhagem sagrada, dando origem a uma dinastia de reis da França medieval. Pistas disso estariam espalhadas pelos Evangelhos apócrifos, que a Igreja suprimiu quando se tornou a instituição religiosa dominante do Império Romano.


OK, é um ótimo enredo de blockbuster, e Dan Brown, autor de O Código Da Vinci, já faturou alto com a ideia. Mas na Bíblia é diferente: Maria Madalena é basicamente uma seguidora de Jesus que testemunha a crucificação. Nada ali indica um relacionamento com Cristo – muito menos que ela fosse prostituta; essa é só uma lenda que pegou.


Por outro lado, nos apócrifos, o retrato dela muda. Vários desses textos retratam Madalena como alguém que tinha uma posição especial entre os primeiros discípulos, uma mulher sábia que tinha um relacionamento próximo com o mestre.


Mesmo assim, não está claro em nenhum deles como se deve compreender a relação entre Cristo e Madalena. Tais textos, como acontece com basicamente todos os apócrifos, aparentam ter sido escritos muito depois dos eventos que narram, por grupos cristãos que tinham seus próprios interesses políticos – como criticar certas lideranças da Igreja transformando Maria Madalena em porta-voz.


Por isso mesmo, não dá para utilizar esses apócrifos como se fossem meras transcrições das conversas entre Jesus e sua discípula por volta do ano 30 d.C. – o que, aliás, também não se deve fazer nem com os Evangelhos canônicos, como já vimos nesta edição. Outro detalhe relevante é que, em geral, é difícil saber se a narrativa está falando de Maria Madalena, porque a tendência é que os textos se refiram simplesmente a “Maria”, sem especificar qual delas – e, além da mãe de Jesus, havia outras seguidoras e amigas do Nazareno com esse nome, extremamente comum no século 1.


O sobrenome, porém, dá uma pista sobre de onde ela veio. “Madalena” siginifica “de Magdala”. E Magdala era uma vila de pescadores que ficava a 10 quilômetros do quartel - general de Jesus na fase adulta, a cidade de Cafarnaum.


Ou seja: provavelmente ela era uma das muitas pessoas que ouviam regularmente as pregações de Jesus nos arredores do Mar da Galileia, onde ficavam os dois povoados. Para tentar saber mais do que isso, só buscando nos evangelhos apócrifos. Vamos a eles.


Machismo

O primeiro exemplo interessante sobre o papel de Madalena está no Evangelho de Tomé, texto apócrifo cuja tradução na íntegra você pode ler nesta edição. Nesse caso, o escritor do evangelho colocou a menção a Maria no finalzinho do texto, no último dos 114 lôgia (“ditos” ou “declarações”, em grego) que essa obra atribui a Jesus. Quem coloca a discípula no centro de discussão é o apóstolo Pedro, com uma frase que, no mundo moderno, certamente deixaria muita gente horrorizada pelo machismo embutido nela: “Simão Pedro disse a eles: ‘Maria tem de nos deixar, pois as mulheres não são dignas de viver”.


Jesus, em seguida, contradiz o apóstolo, mas de um jeito que certamente não satisfaria as feministas, ou qualquer outra pessoa de hoje: “Eis que eu a guiarei para torná-la masculina, para que também ela se torne um espírito vivente, como vós, que sois homens. Pois toda mulher que se fizer homem entrará no Reino dos Céus”.


“Mulher de Jesus?”

No ano passado, um fragmento de papiro do tamanho de um cartão de crédito virou manchete no mundo inteiro porque, nele, Jesus pronuncia a frase “Minha mulher”. Estudado pela historiadora Karen King, de Harvard, o fragmento em copta, que pertence a um colecionador de antiguidades, chegou a receber o apelido de “Evangelho da Mulher de Jesus”. A maioria dos especialistas que o avaliaram de forma independente, no entanto, duvidam de sua autenticidade.


É difícil interpretar exatamente essa conversa estranhíssima, mas uma  possibilidade, de acordo com Dale Martin, professor de estudos religiosos da Universidade Yale (EUA), é que o texto do evangelho esteja se referindo a uma crença da época, a de que a capacidade de procriar – típica das mulheres – é algo inerentemente ruim, porque só serve para atrair mais espíritos para este mundo físico, que seria imperfeito. Uma mulher capaz de “se tornar homem” ajudaria a quebrar esse círculo. Outro texto importante é o Evangelho de Filipe, descoberto no fim de 1945 na localidade egípcia de Nag Hammadi, assim como o Evangelho de Tomé e dezenas de outros antigos textos cristãos.

O Evangelho de Filipe fala de Madalena duas vezes. Na primeira, o evangelista menciona as várias “Marias” importantes para a biografia de Jesus. Três mulheres sempre caminhavam com o Senhor: Maria, sua mãe, sua irmã [na verdade, em copta, o texto fala em “irmã dela”, mas parece ter sido um erro do copista], e Maria de Magdala, que é chamada de sua companheira. Pois ‘Maria” é o nome de sua irmã, de sua mãe e de sua companheira”, diz o texto.

Claríssimo, não? Pois o difícil é saber exatamente o que “companheira” significa nesse contexto. Embora o manuscrito que chegou até nós esteja em copta, o texto usa uma palavra grega, koinonôs, para se referir a Maria de Magdala. Nos textos bíblicos em grego, esse termo pode, de fato, designar uma esposa, mas não é a palavra usual quando o escritor quer dar esse sentido à frase. O mais comum é que koinonôs sirva para indicar duas pessoas que compartilham algo importante, como os sócios de uma empresa, por exemplo.


Beijos misteriosos

A outra passagem do Evangelho de Filipe é mais comprida e traz mais informações, mas por outro lado é ainda mais misteriosa, a começar pelo fato de que o texto possui lacunas, que os tradutores costumam preencher com conjecturas. Essas lacunas estão indicadas na citação a seguir com colchetes, como é o costume entre os especialistas. Se a lacuna for maior do que
uma ou duas palavras, é representada com reticências.


“A Sabedoria, que é chamada de estéril, é a mãe dos anjos. A companheira do [Salvador] é Maria de Magdala. O [Salvador amava-]a mais do que [todos] os discípulos, [e ele] a beijava com frequência na sua [boca]. Os outros [discípulos]… disseram a ele: ‘Por que a amas mais do que a todos nós?”. O Salvador respondeu-lhes, dizendo: Por que não vos amo como a amo? Se um cego e alguém que enxerga estão ambos na escuridão, são iguais. Quando vem a luz, aquele que enxerga verá a luz, e o cego ficará na escuridão.


Se você achou que a resposta de Jesus não fez muito sentido nem teve muito a ver com a pergunta dos discípulos, lembre-se de que estamos falando de um texto gnóstico, o qual, por definição, muitas vezes funciona como uma espécie de enigma que tem de ser decifrado para que o discípulo mostre-se digno do ensinamento (leia mais sobre isso na página 22). Como se não bastasse essa complicação, o começo da passagem também pode ser interpretado de maneira diferente, com a seguinte tradução: “A Sabedoria, que é chamada de estéril, é a mãe dos anjos e companheira do Salvador” – o que enfraquece a hipótese de a moça de Magdala ser de fato a mulher do Nazareno.


Outro apócrifo importantíssimo é o próprio Evangelho de Maria, cujo texto foi publicado em 1955 (embora a existência do manuscrito já fosse conhecida desde 1896). Trata-se também de um manuscrito em copta e, para azar da posteridade, as primeiras seis páginas do evangelho estão faltando, o mesmo acontecendo com quatro páginas bem no miolo do texto. Isso, para variar, dificulta um bocado a compreensão do que está sendo relatado.


De qualquer maneira, eis o que acontece na narrativa, em linhas gerais. O fragmento começa com Jesus dando suas instruções finais para os discípulos, e ordenando que eles preguem “o evangelho do Reino”. Depois, ele os deixa. Os apóstolos, então, começam a se lamentar: “Como podemos ir até os gentios e pregar o evangelho do Reino do Filho do Homem? Se eles não o pouparam, como poderão poupar-nos?”.


Nesse momento de desânimo, a presença de Maria é fundamental, diz o texto. “Então Maria levantou-se e saudou a todos eles, dizendo a seus irmãos: ‘Não choreis nem lamenteis ou duvideis, pois a graça dele estará com todos vós e há de proteger-vos. Vamos louvar a grandeza dele, pois ele nos preparou e fez de nós seres humanos”. Quando Maria disse essas coisas, fez com que o coração deles se voltasse para o bem, e eles começaram a discutir as palavras do Salvador. Então Pedro disse a Maria: ‘Irmã, sabemos que o Salvador te amava mais do que às outras mulheres. Dize-nos as palavras do Salvador que recordas, aquelas que conheces e nós não conhecemos, já que não as ouvimos”. Maria respondeu: ‘Contar-vos-ei aquilo que foi ocultado de vós”.”


O problema é que daí em diante temos a lacuna do manuscrito. Quando a narrativa é retomada, Maria está falando de um confronto mitológico entre a alma humana e uma série de poderes espirituais malévolos, tipo de história corrente nos meios gnósticos. Quando ela para de falar, começa uma discussão. “André então respondeu e disse a seus irmãos: ‘Podeis dizer o que quiserdes sobre o que ela falou, mas eu não creio que o Salvador tenha dito essas coisas. Pois esses ensinamentos são, de fato, muito estranhos.””. Pedro aproveita a deixa para rebaixá-la: “Será que ele realmente falou com uma mulher em segredo, e não abertamente?”. O discípulo Levi, no entanto, sai em defesa de Maria, dizendo que Jesus a amava mais do que a todos eles. No fim do texto, os apóstolos (e a “apóstola”) parecem se reconciliar e saem dali para ir pregar o evangelho.


Namoro ou amizade?

E é isso, em resumo. Nenhum detalhe mais picante, nada sobre uma gravidez. O consenso entre os especialistas na história do cristianismo antigo é que, na primeira geração cristã, Maria Madalena era vista como uma discípula importante e próxima de Jesus. Entre essa geração de cristãos, também seria relativamente comum o papel mais ativo das mulheres como missionárias e até pregadoras – em suas cartas no Novo Testamento, por exemplo, Paulo fala de uma mulher chamada Júnia, “eminente entre os apóstolos”.


O problema é que, nos séculos seguintes, muitos grupos cristãos diminuíram a participação feminina, em parte para parecerem mais respeitáveis diante da machista e conservadora sociedade romana. Os gnósticos, no entanto, podem ter sido a exceção a essa regra. E, em seus textos, teriam usado a figura de Madalena como “chefe da oposição” contra Pedro, símbolo do cristianismo mais conformista e menos aberto às mulheres. É dessa disputa política, e não de um romance, que esses evangelhos estariam falando, no fim das contas. Até rende uma boa história. Mas não um best-seller.


Lugar de mulher…

Um indício importante das lutas de poder entre homens e mulheres nas igrejas primitivas são as chamadas Epístolas Pastorais (endereçadas a Timóteo e a Tito) do Novo Testamento. Elas foram escritas por alguém que se identifica como o apóstolo Paulo, mas a maioria dos especialistas avalia que outra pessoa é o autor, por causa do estilo e do pensamento embutido no texto. O autor exige das mulheres uma postura submissa e manda que elas fiquem caladas na igreja, ao contrário do que o verdadeiro Paulo parecia pregar. Seria o sinal de uma segunda geração cristã mais machista.


Por Reinaldo José Lopes Atualizado em 11 set 2019, 17h21 - Publicado em 3 jun 2016, 21h30

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

10 Tipos de colegas de trabalho 'sem noção'

                 Ter um bom relacionamento com os colegas de trabalho é essencial para que o profissional consiga desempenhar suas atividades do dia a dia e manter um clima agradável na empresa. Mas e quando o colega é tão 'sem noção' a ponto de falar alto, contar tudo o que acontece na sua vida (para todos ouvirem) e puxar o saco do chefe. Como conviver com um ou vários profissionais com essas características? "A gestão do clima é realizada pelo tripé liderança/RH/equipes. Portanto, o comportamento das pessoas impacta significativamente no clima de uma determinada área. E diversos estudos mostram que o ambiente mais crítico e negativo prejudica a produtividade individual e coletiva do time. Dados do Hay Group demonstram que o clima impacta em até 30% o resultado de negócio da área", afirma Rodrigo Magalhães, gerente do Hay Group, consultoria global de gestão de negócios. O G1 ouviu especialistas em carreira e de recursos humanos e listou 10 tipos de colegas "sem noção", que podem atrapalhar o ambiente de trabalho e prejudicar a produtividade da equipe. "Pessoas desagradáveis prejudicam bastante o ambiente de trabalho e diminuem a produtividade. A gravidade do quadro tem relação com o percentual de pessoas que compõem a equipe de trabalho", ressalta o consultor de gestão de pessoas Eduardo Ferraz. Os consultores também indicaram como os profissionais podem lidar com essas situações.


Veja abaixo 10 tipos de colegas sem noção e como lidar com essas situações:

1) Fala alto e conta todas as histórias da sua vida.
Segundo Fátima Nogueira, diretora de RH e coach corporativa da Mira, algumas pessoas são carentes e precisam de atenção. "Elas querem compartilhar o seu dia a dia e isso faz com que tenham que falar alto e o tempo todo para que todos os presentes sejam envolvidos, compartilhando seus problemas pessoais, desafetos, alegrias ou momentos de felicidade." Ferraz ressalta que ninguém precisa saber detalhes da vida particular de colegas que não sejam íntimos. "Falar alto atrapalha muito a concentração de quem não está envolvido na conversa".

2) Puxa-saco.
"Excesso de polidez ou de elogios exagerados tiram a credibilidade de qualquer um", afirma Ferraz. Segundo Fátima, o puxa-saco pode até ser um bom funcionário, mas o problema é que ele emprega seus talentos da maneira errada. "Ele se concentra no chefe e não naquilo que a equipe e a organização esperam de um bom profissional", diz. Além de prejudicar o clima organizacional, esse tipo de colaborador pode gerar desmotivação, intrigas e até o pedido de demissão de colegas que não aguentam esse comportamento.

3) Não respeita o limite de espaço.
De acordo com Ferraz, o bom senso é a palavra-chave neste tipo de situação. "É preciso saber respeitar limites, não invadindo o espaço físico do outro, evitando dar conselhos não solicitados e não fazendo perguntas constrangedoras", afirma.

4) Brincalhão incontrolável.
"No ambiente de trabalho, como tudo na vida, o excesso estraga. E quando a pessoa não 'se toca' acaba exagerando com algumas brincadeiras, que podem evoluir até chegar ao ponto do 'sem noção'. O bom senso conta muito", diz Fátima. Ferraz também acredita que o excesso pode atrapalhar. "É bom ter alguém para descontrair um pouco o ambiente de trabalho, mas sem exageros."

5) Sabe tudo e conhece tudo.
As pessoas possuem experiências e conhecimentos diferentes, mas mesmo assim o profissional precisa falar para todos tudo o que já vivenciou ou que sabe fazer. "Dê conselhos apenas quando pedirem", diz Ferraz. Fátima lembra que a percepção que a empresa tem sobre o funcionário pode fazer diferença na carreira. "Trabalhar com entusiasmo e saber compartilhar suas experiências e seus conhecimentos lhe dará mais credibilidade e respeito junto aos seus colegas de trabalho".

6) Fofoqueiro.
De acordo com Fátima, a fofoca é uma situação embaraçosa da qual ninguém, ou quase ninguém, consegue ficar imune. "Infelizmente é comum ter muitas fofocas no ambiente de trabalho e quanto maior a quantidade de funcionários, pior é", afirma. Segundo ela, a falta de liderança é um dos principais fatores para que essa situação aconteça e com isso, as conversas paralelas podem afetar negativamente o trabalho da equipe.

7) Reclamão.
"Pessoas pessimistas sugam a energia de qualquer um. Ouvir um desabafo de vez em quando faz parte do jogo, mas todos os dias ninguém aguenta", ressalta Ferraz. Fátima lembra que quem está desmotivado não coopera com os outros e pode gerar uma cultura de desagregação. "O clima negativo atrapalha qualquer profissional, mesmo para aqueles que estão empenhados. Além disso, o hábito contagia", diz.

8) Carreirista.
As disputas e a competição são ingredientes que estão presentes no universo de trabalho, mas não podem ultrapassar os limites éticos, segundo Fátima. “Para manter um bom relacionamento com as pessoas é essencial manter a qualidade de vida e gerar clima amistoso”, ressalta. Já Ferraz indica que o profissional se afaste do carreirista. "É bom manter distância de pessoas que o usarão como “escada” para subir na carreira".

9) Só conversa e não trabalha.
Conversas e troca de ideias são comuns no ambiente de trabalho, mas não existe justificativa para deixar as obrigações de lado para apenas conversar. "Colegas que falam o tempo todo no local de trabalho acabam prejudicando todo ambiente, gerando tensão e desconforto para quem precisa se concentrar", diz Fátima. Para evitar essa situação, Ferraz ressalta que os colegas não devem ficar 'disponíveis' para esse profissional. "Esse é um tipo muito comum, mas o mais fácil de ser neutralizado. Diga que está ocupado e o ignore”.

10) Finge que é bonzinho.
Infelizmente ainda é comum encontrar profissionais que querem 'puxar o tapete' dos colegas para conseguir melhores resultados na carreira. Esse tipo se finge de bonzinho para aprontar nas costas dos outros. "Geralmente é aquela que está o tempo todo sorrindo, chama de amiga e te trata como a pessoa mais querida do mundo. Eles passam tanto tempo preocupadas com o trabalho dos outros que nunca têm tempo para fazer o seu", ressalta Fátima. "Esse é, provavelmente, o tipo mais perigoso. Nunca abra o jogo com ele e mantenha um relacionamento distante", afirma Ferraz.

É possível resolver?
E no dia a dia, como o profissional deve lidar com o colega 'sem noção'? Segundo Ferraz, uma das opções é manter distância, mas ele também indica uma conversa franca. "Vale a pena chamar para um conversa e dizer que tem uma crítica construtiva a fazer. Se ainda assim não funcionar vale a pena procurar um nível hierárquico acima", afirma.

Segundo Rodrigo Magalhães, gerente do Hay Group, o líder deve entender as causas desse tipo de comportamento para buscar soluções. "Em geral, as pessoas reagem a fatos e percepções. Essa reação gera comportamentos que prejudicam ou fortalecem o clima de uma área ou de uma empresa".

"O ambiente de trabalho deve ser tranquilo, na medida do possível, e deve proporcionar aos colaboradores um bom ambiente de trabalho possibilitando desempenho e boa execução de suas atividades, evitem os estresses provocados por mau comportamentos, proporcionados por colegas que não são de forma saudável", lembra Fátima.


Fonte: Pâmela Kometani 
Do G1, em São Paulo

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Privacidade na Internet

         Ainda levará tempo para se ter privacidade na internet, diz Assange o fundador do site WikiLeaks. Asilado na embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012, o fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange, 43, afirma que é "impossível" ter privacidade na internet. "Isso ainda vai levar muito tempo", disse, em entrevista à Folha, na sexta feira (6). Assange recebeu a reportagem para falar sobre seu novo livro, "Quando o Google encontrou o WikiLeaks" (Editora Boitempo), que chega ao Brasil na próxima semana. O livro aborda um encontro dele com executivos do Google em 2011. A empresa, para Assange, tornouse a vilã do controle de dados pessoais e aliada do governo dos EUA, com quem o fundador do WikiLeaks trava batalha jurídica em razão da revelação de documentos sigilosos, muitos deles segredos militares e diplomáticos. Assange pediu asilo ao Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia, onde vivia e é acusado de crimes sexuais em 2010. Ele se diz inocente e teme ser enviado aos EUA para ser julgado devido ao WikiLeaks. Por questões de segurança, Assange pediu que não fosse feita imagem do local da entrevista. Do lado de fora da embaixada, um policial britânico fazia a vigilância.

Fonte: Leandro Colon, de Londres
Folha de São Paulo.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O CRISTIANISMO ORIGINAL E O EVANGELHO DE TOMÉ



“Que aquele que procura não deixe de procurar até que encontre. Quando encontrar, ficará perturbado. Quando estiver perturbado, maravilhar-se-á e reinará sobre o todo”. “Se seus líderes lhes disserem, ‘Vejam, o Reino está no céu’, então os pássaros do céu os precederão. Se lhes disserem ‘Está no mar’, então os peixes os precederão. Mas o Reino está dentro de vocês e fora de vocês”. “Quando vocês se conhecerem, então serão conhecidos, e compreenderão que são filhos do Pai vivo.”
“Se vocês manifestarem o que está dentro de vocês, isso os salvará. Se não o manifestarem, isso os matará”.
(Evangelho de Tomé)

No século IV d.C. aconteceu um drama de grandes conseqüências para o cristianismo primitivo. Um capítulo importante desse drama foi a consolidação das assim chamadas primeiras escrituras legítimas da Igreja, inicialmente denominadas “os novos testamentos romanos”, que logo passaram a ser chamados de “O Novo Testamento”. Contudo, recentemente, em 1945, em Nag Hammadi, foi encontrado o Evangelho de Tomé, junto com muitos outros textos do início da era cristã. Os estudiosos discutem ainda com respeito à datação deste evangelho. Não obstante, existem sólidos argumentos para situar a data mais antiga em torno do ano 50 d.C., enquanto que o Evangelho de Marcos seria o primeiro que vem a seguir, por volta do ano 60 d.C.. De qualquer, é possível afirmar que o Evangelho de Tomé é um dos textos mais antigos do cristianismo, mesmo não tendo sido adicionado à Bíblia. “As palavras secretas” ditas por Jesus, e registradas por Dídimo Judas Tomé, são um tesouro para seres humanos buscadores. Elas estão livres de dogmas e regras, focando no autoconhecimento como base de um caminho de libertação.



(Pentagrama 2010, número 4)

Dedo podre...

"Dedo podre": saiba como fugir dessa e escolher o cara certo

        Todo mundo tem uma amiga “dedo podre” – aquela mulher que nunca está sozinha, porém, está sempre mal acompanhada. Assim como assistir ao mesmo filme mil vezes, essas mulheres vivem as mesmas situações, com diferentes pessoas, sempre em busca do “cara certo”. É o caso da protética Daniella Watanabe, 37, de São Paulo. “Até hoje, só entrei em fria”, conta, bem humorada. Atualmente, ela diz que está “enrolada” com uma pessoa que acabou de se separar, mas enumera diversos casos em que se envolveu com o mesmo tipo de homem: complicado, comprometido ou sem interesse algum em algo sério. Ela admite que insiste nos mesmos erros, aos quais credita o insucesso dos relacionamentos – ficar com os “caras de balada” ou ser muito amiga dos homens. “Eles acabam se aproveitando da situação. Sou muito boazinha, mulher tem que ser ruim mesmo”. O senso comum diz que achar um “homem bom” para se relacionar é privilégio das sortudas. No entanto, a psicóloga Lygia T. Dorigon avisa: “o problema de relacionamentos furados dificilmente está no outro”. E completa: “é verdade que existem homens que não querem nada sério, mentem, não são leais e podem fazer uma mulher sofrer. Mas, de forma geral, a mulher que vive experiências com homens como estes é porque não conseguiu avaliar que o barco era furado”. Conheça a origem e os principais traços deste tipo de comportamento. De volta à infância. De acordo com a psicóloga Heloisa Fleury, supervisora do Programa de Estudos em Sexualidade do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), o “dedo podre” é um padrão que se desenvolve ainda na infância. A forma como os pais dão amor à criança é, muito provavelmente, a forma como ela irá esperar receber amor do mundo. “A criança tem necessidades emocionais, de se sentir segura, de se expressar, de se sentir parte de uma família ou de um grupo”, observa. Quando não é atendida nestas necessidades, é possível que acabem criando uma barreira emocional que impeça um nível de intimidade maior – como deram amor e de certa forma não foram correspondidas, acham que o mundo as percebe assim. “Elas acabam escolhendo alguém que também tem esta mesma forma de se relacionar, para tentar compensar as dificuldades ocorridas na infância”. De acordo com a especialista, esta forma de se relacionar se repete em outros âmbitos da vida dessa pessoa. “É alguém que pode ficar super próxima de amigos, mas vai estar geralmente ajudando esses amigos e não desenvolvendo reciprocidades, quando o saudável é se construir relações que enriquecem as duas partes”. Lygia complementa, reforçando que as experiências pessoais e o ambiente são as peças chave para a construção desta visão do outro. “Mulheres que tiveram relações inseguras com figuras masculinas importantes: às vezes o pai é pouco afetivo e não demonstra explicitamente o afeto pela filha, ou não sabe valorizar o que ela tem de bom. Nesses casos, a menina pode aprender que o amor que vem de uma figura masculina é assim: pouco explícito, pouco cuidadoso, inseguro. E aí, obviamente, ela vai selecionar homens que tenham essa forma de se relacionar”, afirma. A especialista lembra que o padrão também pode originar-se de decepções. “Por exemplo, a mulher se apaixonou perdidamente por alguém que não lhe dava bola e passa anos se dedicando a esse relacionamento. Essa mulher muito provavelmente irá mudar a forma de se relacionar com o outro a partir daí. Pode aprender que o pouco que vem já basta para fazê-la feliz e aí passa a vida procurando homens assim”, pontua. Comportamento padrão escolher sempre o mesmo tipo de homem é uma característica de mulheres com “dedo podre”. “Aquele que não lhe dá atenção, que só quer saber dos amigos, ou não a respeita”, observa Lygia. “Nem sempre, elas conseguem perceber facilmente que estão entrando em relacionamentos semelhantes. Isso porque procuram pessoas para se relacionar com base nas suas referências anteriores”, complementa. De acordo com Heloisa, também são comuns os casos em que as mulheres mantêm a relação mesmo sendo agredidas física ou verbalmente, ou se submetem a sustentar um homem que não consegue parar em nenhum emprego. “Se ela encontra um homem amoroso, interessado, ela acha completamente sem graça”, explica, reforçando que de fato os homens que parecem mais interessantes são os que, de alguma maneira, retomam as questões que ela enfrentava na infância. São mulheres que geralmente têm a autoestima baixa, são muito desconfiadas e sempre estão com a sensação de que o outro vai as ferir, humilhar, mentir, explica a especialista. “Elas também têm a sensação de que são inferiores, são muito sensíveis às críticas e não suportam discutir, com medo da rejeição. Basicamente, são pessoas que não conseguiram desenvolver uma percepção boa de si mesmo”. Para Daniella, parar de procurar o par ideal está fora de cogitação. “Já tive uns 15 namorados, nunca cheguei a casar. Mas vou à cartomante todo ano, inclusive nestas minhas tentativas estou tentando encontrar alguém que eu consiga levar para o futuro”. Relações autodestrutivas segundo explica Heloisa, geralmente mulheres que seguem este padrão comportamental investem em relacionamentos autodestrutivos, “que inviabilizam uma vida de troca satisfatória, que não satisfazem as necessidades afetivas”. Uma das principais dificuldades enfrentadas por estes casais, segundo a psicóloga, é a evolução da intimidade. “São pessoas que não conseguem se entregar completamente e resolver os conflitos”. A dependência mútua – já que ambos encaram o amor de formas semelhantes – acaba prendendo os dois na relação. “É uma complementação pela dificuldade emocional. Se ela é fraca, fica forte na relação. Então não precisa olhar para a própria fragilidade”.

Fonte: www.terra.com.br - Danielle Barg

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Casos de nepotismo em Goianinha/RN

Promotora de Justiça da Comarca de Goianinha, instaurou inquérito civil público para apurar a prática de nepotismo naquele município.

O Ministério Público deu dez dias de prazo para que o prefeito de Goianinha informe desde quando Thyago Rocha Barbalho, Gabriela Rocha Barbalho e Denisabeth Coelho Galvão estão ocupando os cargos, respectivamente, de Diretor do Departamento de Compras, Diretora Geral do Hospital Municipal e Diretora do Departamento de Recursos Humanos. A promotora também quer saber se antes dos atuais cargos eles ocupavam outros.
Além disso, o MP recomendou ao prefeito Geraldo Rocha e Silva Junior a exoneração de todos os outros ocupantes de cargos comissionados, função de confiança ou função gratificada, que detenham relação de parentesco consagüíneo, em linha reta ou colateral, ou por afinidade até o terceiro grau com o Prefeito, Vice-Prefeito, Secretários Municipais, Procurador-Geral do Município, Chefe de Gabinete, qualquer outro cargo comissionado do referido Município, Vereadores, bem como com a Governadora do Estado e Vice-Governador, Secretários Estaduais, qualquer outro servidor comissionado do Estado, Deputados, ou com Conselheiros e Auditores do TCE/RN, membros do Poder Judiciário e membros do Ministério Público, desde que, sendo de outro Poder, se caracterize o nepotismo cruzado.
Segundo a representante do MP, “a nomeação de parentes para o exercício de cargos públicos em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada, constitui uma prática nociva à Administração Pública denominada de nepotismo”.

Bom, esperamos resposta da secretaria de comunicação da Prefeitura de Goianinha/RN (Alias o secretário de comunicação do município de Goianinha/RN que é o Sr. Wesley Jonathan Galvão Rocha, e filho do prefeito Geraldo Rocha e Silva Júnior...).

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O que é nepotismo?

Nepotismo é a prática de contratar parentes para cargos públicos de 'confiança'...
É muito legal! Você assume um cargo público e aproveita pra ajudar a família inteira... (Legal para os beneficiados, claro. Para o país é uma catástrofe).
Se existe??? Existe e muito.
Há muitas formas de acabar com isso
Há Leis contra esta prática, que é proibida... mas... já viu né?