Rondonópolis está entre os 48 municípios mato-grossenses com Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) alto, ocupando a 4ª posição no Estado e a 453ª colocação em termos de Brasil. A cidade possui IDH de 0,755 segundo o Atlas IDHM 2013, divulgado ontem (29) pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os dados são baseados no Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice é formado por três áreas: longevidade – que é vida longa e saudável -; educação – acesso ao conhecimento -; e, renda – padrão de vida. Rondonópolis tem 0,823 de índice de longevidade, que significa que os moradores têm nível muito alto neste quesito. Já, em padrão de vida, o IDH também é alto, com 0,749 pontos. No entanto, na área de educação, a cidade ainda possui um IDH médio, com 0,698 pontos. Do índice, se extrai que a população de Rondonópolis possui um alto padrão de vida com uma longevidade muito alta, mas ainda tem uma educação que precisa melhorar.
O IDHM passou de 0,638 em 2000 para 0,755 em 2010 – uma taxa de crescimento de 18,34%. De acordo com o relatório, o hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 32,32% entre 2000 e 2010. Entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi educação (com crescimento de 0,236), seguida por longevidade e por renda, que resultou em um aumento do IDHM de 57,29%.
Entre 2000 e 2010, a população de Rondonópolis teve uma taxa média de crescimento anual de 2,67%. Na década anterior, de 1991 a 2000, a taxa média de crescimento anual foi de 2,23%, maior que as taxas do Estado que foram de 1,02% entre 2000 e 2010 e 1,02% no mesmo período e também maior que no país, onde as taxas foram de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,02% entre 1991 e 2000. Nas últimas duas décadas, a taxa de urbanização cresceu 5,91%.
No quesito educação, a cidade contava, em 1991, com apenas 29% das pessoas com mais de 18 anos com ensino fundamental completo, em 2010, esse índice passou para 59,81%. Já, o número de pessoas com o ensino médio completo, entre 18 e 20 anos, passou de 10,13% em 1991 para 50,11% em 2010. No período de 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola cresceu 19,16% e no de período 1991 e 2000, 201,78%. A proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu 27,71% entre 2000 e 2010 e 70,89% entre 1991 e 2000.
Em 2010, 67,16% dos alunos entre 6 e 14 anos estavam cursando o ensino fundamental regular na série correta para a idade. Em 2000 eram 61,85% e, em 1991, 35,81%. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 36,26% estavam cursando o ensino médio regular sem atraso. Em 2000 eram 20,04% e, em 1991, 8,58%. Entre os alunos de 18 a 24 anos, 20,36% estavam cursando o ensino superior em 2010, 7,61% em 2000 e 2,93% em 1991. Entretanto, em 2010, 1,56% das crianças de 6 a 14 anos não frequentavam a escola, percentual que, entre os jovens de 15 a 17 anos atingia 14,82%.
Na área longevidade, a mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano) em Rondonópolis reduziu 30%, passando de 23,6 por mil nascidos vivos em 2000 para 16,4 por mil nascidos vivos em 2010.
Já, a esperança de vida ao nascer aumentou 9,2 anos nas últimas duas décadas, passando de 65,2 anos em 1991 para 70,7 anos em 2000, e para 74,4 anos em 2010. Em 2010, a esperança de vida ao nascer média para o estado é de 74,3 anos e, para o país, de 73,9 anos.
A renda per capita média de Rondonópolis cresceu 87,75% nas últimas duas décadas, passando de R$ 449,33 em 1991 para R$ 599,66 em 2000 e R$ 843,62 em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 33,46% no primeiro período e 40,68% no segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010) passou de 9,18% em 1991 para 4,47% em 2000 e para 1,35% em 2010. Além disso, a desigualdade diminuiu: o Índice de Gini [um parâmetro internacional usado para medir a desigualdade de distribuição de renda entre os países] passou de 0,58 em 1991 para 0,58 em 2000 e para 0,52 em 2010.
Fonte: A Tribuna MT
Por: Danielly Tonin